Segurança pública
Dados oficiais apontam que apenas 12% dos detentos no país têm atividade laboral.
Carolina Gonçalves / Agência Brasil
BRASÍLIA
- O governo estuda oferecer cursos de profissionalização para 726 mil
homens e mulheres presos condenados pela Justiça. Apenas 12% dos
detentos no país têm atividade laboral, segundo dados oficiais. A
proposta é que empresas privadas se responsabilizem pela formação
técnica de tal maneira que ao deixarem a prisão, os apenados tenham
condições de ingressar no mercado de trabalho.
O
ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje (10) as
empresas serão escolhidas por meio de licitações, com valor acima de R$
330 mil anuais, e assumirão responsabilidade para contratar e definir
atividades profissionalizantes nos presídios. O mesmo deverá valer para
egressos do sistema prisional.
Jungmann
anunciou também que deverá ser ampliado o sistema de redes de perfis
genéticos de criminosos (DNA). Para tanto, devem ser aplicados R$ 10
milhões. De acordo com ele, o objetivo é focar principalmente na
violência contra mulher.
“Quando você tem o
estupro e tem o DNA você pode passar por 75 mil registros dos bancos e
verificar se há material de alguns dos presos para punir o estuprador.
Ainda este mês vamos também fazer uma grande ação de combate ao
feminicídio”, disse.
Equipamentos e veículos
Jungmann
afirmou que o governo vai investir imediatamente na compra de
equipamentos e veículos. Segundo ele, serão adquiridos 8 mil veículos,
que permitirão a renovação de 23% da frota, estimada em 35 mil carros
das polícias do país. Em uma segunda etapa, haverá abertura de
licitações para compra de drones, armas e motocicletas.
O ministro ressaltou ainda que serão comprados 120 mil coletes de proteção individual para os policiais ao custo de R$ 220 milhões. “Até hoje tínhamos mais policiais que coletes e agora teremos excedente de coletes”, disse.
O ministro ressaltou ainda que serão comprados 120 mil coletes de proteção individual para os policiais ao custo de R$ 220 milhões. “Até hoje tínhamos mais policiais que coletes e agora teremos excedente de coletes”, disse.
Segurança Pública
Após
ser questionado sobre os dados de aumento das mortes violentas no ano
passado, segundo dados do 12º Anuário de Segurança Pública, Jungmann
afirmou que até o início do próximo mês, serão instalados o Sistema
Único de Segurança Pública (Susp) e o Conselho Nacional de Segurança
Pública, responsável pela condução da política do setor.
O
ministro reiterou que: “ Lembro que o anuário reflete 2017 e estamos em
2018, o ano em que foi criado Ministério da Segurança Pública e o
Susp”.
De acordo com o anuário, apenas em
2017, o Brasil registrou 63.880 mortes violentas, o maior número de
homicídios da história recente do país. Foram assassinadas 175 pessoas
por dia, registrando elevação de 2,9% em comparação a 2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário