Ewerton Rodrigo Martin, de 27 anos, tem 1,81 metro e pesa 82 quilos.
Jovem divide a rotina na roça com sessões de fotos e curso de direito.
Ewerton Rodrigo Martin trabalha como tratorista em Capivari (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
O tratorista Ewerton Rodrigo Martin, de 27 anos, que trabalha em uma
usina de cana-de-açúcar em Capivari (SP), faz sucesso como modelo no
interior do estado. Descoberto há cinco anos, ele leva uma vida corrida,
mas consegue conciliar a atividade no campo com as sessões de fotos e
gravações. Veja a galeria de imagens.
Morador de Rio das Pedras (SP), cidade vizinha de Capivari,
Martin trabalha diariamente das 5h às 17h, inclusive aos finais de
semana. À noite, frequenta um curso de direito em uma faculdade de Piracicaba
(SP). Para conciliar a atividade de tratorista com a de modelo, o rapaz
conta com a ajuda dos amigos de serviço. Assim que fica sabendo das
datas das campanhas, o tratorista já combina com os demais funcionários
para poder se ausentar e não prejudicar o andamento do trabalho.
"Meu dia é atarefado, é uma vida corrida demais. Acordo cedo e, às 5
horas, já estou no canavial com o trator. Fico até as 17h e depois vou
para a academia, onde fico das 17h30 às 18h30. Em seguida, vou para a
universidade e retorno às 22h30. Chego em casa às 23h e procuro dormir
para me preparar para o outro dia de trabalho. Quando me formar,
pretendo atuar no ramo do direito, mas ainda não decidi se quero largar o
trator", afirmou.
Além de trabalhar no campo, modelo cursa a
faculdade de direito (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
faculdade de direito (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
Martin tem 1,81 metro, pesa 82 quilos, é solteiro e já fez campanhas de
sucesso pelo país – para uma operadora de telefonia celular, um grande
banco nacional e até uma marca de veículos americana.
Segundo ele, a carreira de modelo surgiu por acaso. "Caí de paraquedas
nesse ramo. Foi quando os donos de uma loja de roupas estilo country de
Rio das Pedras me convidaram para desfilar. Depois disso, recebi o
convite de um produtor de moda e de um fotógrafo para outros trabalhos
em catálogos e fotos", revelou.
Ao ser apresentado ao produtor de moda Newton Oliveira, que atua em
Piracicaba, a carreira do tratorista deslanchou. "Eu o conheci em um
coquetel e vi o potencial dele como modelo. Então, convidei-o para
trabalhar comigo e, atualmente, ele faz parte do casting de uma agência
da capital paulista. Ele é bastante talentoso. Saiu do 'mundo da terra'
para o mundo das passarelas", destacou Oliveira.
Físico de Ewerton é resultado de sessões diárias
de 1 hora de malhação (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
de 1 hora de malhação (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
Agricultura
Desde os 10 anos, Martin trabalha com o pai na agricultura. "Sempre o ajudei, e hoje presto serviço com o trator para arar a terra e plantar cana. Eu e meu pai também temos dois caminhões que fazem o transporte de cana", contou o tratorista, que viu seu sucesso crescer nos últimos dois anos, quando foi contratado para campanhas publicitárias. Segundo ele, os convites rendem um "dinheiro extra" no final do mês.
Desde os 10 anos, Martin trabalha com o pai na agricultura. "Sempre o ajudei, e hoje presto serviço com o trator para arar a terra e plantar cana. Eu e meu pai também temos dois caminhões que fazem o transporte de cana", contou o tratorista, que viu seu sucesso crescer nos últimos dois anos, quando foi contratado para campanhas publicitárias. Segundo ele, os convites rendem um "dinheiro extra" no final do mês.
Antes de trabalhar em Capivari, o rapaz dirigia treminhões (caminhões
com mais de duas carrocerias) para entregar cana-de-açúcar em usinas da
região. "Não é uma vida fácil. Trabalho de segunda a segunda, mas faço
com amor e dedicação, e acredito que esse seja o segredo para tudo dar
certo", afirmou.
O líder na frente de trabalho na usina, Clóvis Fahl, disse que sente
orgulho do amigo e que a segunda profissão dele não interfere em sua
atuação como tratorista. "Ele trabalha direitinho. Não tem nem o que
falar."
Reconhecimento
Martin revelou também que as pessoas já o reconhecem na rua. "Aqui no interior, o pessoal me reconhece das campanhas publicitárias, mas principalmente por causa das fotos dos catálogos", contou o rapaz, que tem o apoio da família na carreira. "Meu pai é mais fechado, mas não desaprova [a carreira de modelo]. Já minha mãe leva fotos das campanhas publicitárias para todos os lugares para mostrar às pessoas", disse.
Martin revelou também que as pessoas já o reconhecem na rua. "Aqui no interior, o pessoal me reconhece das campanhas publicitárias, mas principalmente por causa das fotos dos catálogos", contou o rapaz, que tem o apoio da família na carreira. "Meu pai é mais fechado, mas não desaprova [a carreira de modelo]. Já minha mãe leva fotos das campanhas publicitárias para todos os lugares para mostrar às pessoas", disse.
Modelo ao lado dos companheiros de trabalho em usina de cana em Capivari (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
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