Luiz Antônio teria presenteado com carro de luxo um chefe dos milicianos.
Atleta, que já foi intimado a depor, pode responder por estelionato.
O jogador de futebol Luiz Antônio é esperado para prestar depoimento à
polícia às 14h desta quinta-feira (14), como mostrou o Bom Dia Rio. O
meio-campo do Flamengo é suspeito de ter presenteado com um carro de
luxo um dos chefes da maior milícia que atua no Rio de Janeiro.
Em seguida, o pai do atleta registrou o roubo do veículo. O atleta pode
responder por estelionato e até por formação de quadrilha, caso fique
provado que ele tinha elo com a quadrilha, que teve mais de 20 presos na
última quinta-feira (7).
Mais jornalistas do que de costume acompanharam o treino do Flamengo
nesta terça (12). O jogador, no entanto, não apareceu no Ninho do Urubu,
o Centro de Treinamento rubro-negro, em Vargem Grande, na Zona Oeste da
cidade.
Segundo a diretoria do clube, Luiz Antônio foi dispensado dos treinos
até prestar depoimento na delegacia. Para a Polícia Civil, a situação do
jogador e o pai dele está cada vez mais complicada.
Segundo os agentes, pesa na investigação, o fato de o policial
Alexandre da Rocha Antunes, ter feito o registro do roubo do carro do
jogador. Alexandre e mais 21 pessoas foram presas em operação da Polícia
Civil. De acordo com a investigação, ele costumava dizer no trabalho
que era "irmão de criação" de Luiz Antônio. Segundo o delegado
responsável pelo caso, Alexandre Capote, da Delegacia de Repressão às
Ações Criminosas Organizadas (Draco), o jogador presenteou com um carro
de luxo um dos chefes da quadrilha.
As investigações revelaram ainda que o bandido ficou apenas três
semanas com o veículo para não chamar atenção dos policiais. Ainda de
acordo com a polícia, o pai do jogador, Luiz Carlos Francisco Soares,
disse que o carro foi roubado por dois homens em uma moto, em Guaratiba,
também na Zona Oeste.
O pai, que aparece ao lado do jogador em uma imagem feita no último
domingo (10), no Maracanã, pode responder por falsa comunicação de
crime. E Luiz Antônio por estelionato, por ter acionado o seguro.
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