Candidato do PSC à Presidência deu entrevista ao vivo no Jornal Nacional.
Ele respondeu sobre inexperiência e sobre a mudança de discurso.
O candidato do PSC à Presidência da República, Pastor Everaldo, afirmou
nesta terça-feira (19), em entrevista ao vivo ao Jornal Nacional, que,
se eleito, vai privatizar a Petrobras.
Segundo ele, a empresa é um "foco de corrupção e tem uma dívida astronômica".
(Veja a íntegra da entrevista em "Pastor Everaldo é entrevistado no Jornal Nacional".)
"Eu vou privatizar a Petrobras. A Petrobras hoje, uma empresa que foi
orgulho nacional, hoje é um foco de corrupção e uma dívida astronômica
de mais de R$ 300 bilhões. Então, eu vou privatizar. O petróleo é nosso,
mas a Petrobras hoje não é nossa", declarou.
O candidato disse que transferirá à iniciativa privada "tudo o que for
possível", em referência às empresas estatais, para alocar os recursos
na saúde, educação e segurança pública. "Eu vou fazer corte na carne.
Defendo um Estado mínimo. Vou reduzir o número de ministérios de 39 para
20", disse. Ele disse, porém, que não vai privatizar o Banco do Brasil e
a Caixa Econômica, que "representam a segurança do sistema financeiro".
Ele também prometeu isentar do pagamento de imposto de renda todos os
trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês. Atualmente, estão isentos
do pagamento do IR os que ganham até R$ 2.138 mensais. O dinheiro dos
impostos é o que financia as ações do governo.
O presidenciável foi indagado sobre a inexperiência em cargos públicos e
se os problemas brasileiros não seriam complexos demais para um
principiante.
O candidato respondeu dizendo que aprendeu na vida a trabalhar em
equipe. "Fui servente de pedreiro. Se preciso pintar uma parede , chamo
um pintor", declarou. Segundo ele, é possível governar com "os melhores
quadros", independentemente do partido ao qual pertencem.
Acrescentou que inexperiência não o assusta "nem um pouco" e negou
postura voluntarista. "Eu acredito que a diferença do Estado para a
iniciativa privada é só que o Estado hoje não trabalha com meritocracia e
eu vou empreender isso aí no governo".
Patrícia Poeta perguntou se qualquer pessoa poderia exercer a
Presidência da República. "Eu acredito que qualquer pessoa que se
diponha a ser presidente da República e acredite, que trabalhe… Ninguém
faz nada sozinho, só se trabalha em equipe. Eu acredito desta maneira",
afirmou.
Ideologia, toma-lá-dá-cá, propostas
Em outra parte da entrevista, William Bonner lembrou do apoio do candidato ao trabalhismo, que defende uma presença forte do Estado na economia, em oposição ao programa de governo do PSC, que defende o liberalismo clássico, que prega um Estado mínimo, incluindo menos regulamentação e flexibilização das leis trabalhistas.
Ideologia, toma-lá-dá-cá, propostas
Em outra parte da entrevista, William Bonner lembrou do apoio do candidato ao trabalhismo, que defende uma presença forte do Estado na economia, em oposição ao programa de governo do PSC, que defende o liberalismo clássico, que prega um Estado mínimo, incluindo menos regulamentação e flexibilização das leis trabalhistas.
"Essa sua defesa do liberalismo é uma defesa sincera ou é uma conveniência eleitoral?", questinou Bonner.
O candidato respondeu que o discurso de esquerda sempre o cativou pela
origem pobre. "Para mim, essa era uma proposta interessante e acreditei o
tempo todo que ela era a melhor. Mas no último governo, da atual
presidente, eu vi que foi estabelecido um aparelhamento do Estado. O
Estado se agigantou de tal maneira que realmente contrariava os
princípios que eu acreditava do empreendedorismo, da iniciativa privada.
Então, hoje o governo está sufocando, quer tomar conta de tudo",
afirmou.
Patrícia Poeta disse que há registros de que ele reclamou de o PSC não
ter sido contemplado com ministérios no governo ao passo que o PCdoB,
que elegeu uma bancada menor de deputados, tinha um ministério. A
jornalista indagou se não tratava a participação no governo como um
"toma-lá-dá-cá".
"Nós elegemos mais que o PCdoB. Nós, é natural que esperávamos um
espaço maior no governo. Não é um toma-lá-dá-cá. Ficamos decepcionados
pela maneira como foi formado o governo", disse.
Ao final, o candidato do PSC reafirmou ter compromisso "em defesa da vida do ser humano desde a sua concepção", disse que, para ele, casamento "é homem e mulher" e que é contra a legalização das drogas. Prometeu criar o Ministério da Segurança Pública. "Hoje o cidadão de bem está preso dentro de casa e o bandido está solto na rua. Vou inverter essa lógica e botar ordem na casa", afirmou.
Ao final, o candidato do PSC reafirmou ter compromisso "em defesa da vida do ser humano desde a sua concepção", disse que, para ele, casamento "é homem e mulher" e que é contra a legalização das drogas. Prometeu criar o Ministério da Segurança Pública. "Hoje o cidadão de bem está preso dentro de casa e o bandido está solto na rua. Vou inverter essa lógica e botar ordem na casa", afirmou.
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