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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Temer relatou a Raquel Dodge motivos para pedir suspeição de Janot



SAO PAULO - SP / 29.05.2017/ DEBATE CANDIDATOS PROCURADOR-GERAL DA REPUBLICA / NACIONAL Raquel Elias Ferreira Dogde durante debate dos candidatos a formacao da Lista Triplice para Procurador-Geral da Republica no auditorio da Procuradoria da Republica de Sao Paulo. O debate foi organizado pela Associacao Nacional dos Procuradores da Repubica, ANPR. FOTO AMANDA PEROBELLI/ESTADAO
A jornalista Andréia Sadi informa no portal G1 que o encontro no fim da noite de ontem (8) no Palácio do Jaburu entre a futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o presidente Michel Temer tratou não apenas da posse de Dodge em setembro, mas também do pedido de suspeição do atual procurador-geral, Rodrigo Janot, que o presidente encaminhou ao ministro Edson Fachin, do Supremo.
Temer teria feito a Dodge um relato dos motivos que o levaram a pedir a suspeição. Ela teria ouvido educadamente.
Além disso, o presidente fez questão de que a nova procuradora-geral da República tome posse no Palácio do Planalto, como gesto simbólico da reaproximação institucional do Executivo com o Ministério Público.
Posses de procuradores-gerais no Planalto não são incomuns. Janot e o antecessor, Roberto Gurgel, tomaram posse uma vez na Procuradoria e outra, no Planalto.
A ideia de que Raquel Dodge tome posse no Planalto teria como objetivo, porém, mostrar que houve, apesar dos processos em curso, mudanças no relacionamento das duas instituições – a Procuradoria e a Presidência – depois de meses de desavenças com Janot.
O encontro entre Raquel Dodge e Temer, fora da agenda e às 22h, também teve o efeito de passar uma “mensagem” ao Congresso de que as pontes da classe política com o Ministério Público serão restabelecidas.
O encontro era para ser mantido em sigilo, mas a revelação teria tido esse efeito colateral positivo na avaliação de políticos próximos ao presidente.
Isso explica por que o carro parou à mostra de todos quando se sabe que, em época de crise, sempre há cinegrafistas e fotógrafos de plantão.
O mesmo já teria ocorrido no encontro de domingo de Temer com o ministro do Supremo Gilmar Mendes.
Apesar de tanto Temer como Gilmar Mendes afirmarem que o assunto foi reforma política, o registro do encontro, também fora da agenda e num dia pouco comum, acabou, na visão dos que são próximos a Temer, tendo um lado positivo: o de transmitir a imagem de que o presidente tem aliados no Supremo Tribunal Federal.
Em guerra com Janot, Temer espera que a nova procuradora não atue, nas palavras de um interlocutor do presidente, com “açodamento” à frente do MP.

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