Petista afirmou que leu programa de governo da candidata do PSB.
Ela criticou pontos relacionados às indústrias naval e automobilística.
A presidente Dilma Rousseff, em em entrevista à imprensa no Palácio da Alvorada (Foto: Filipe Matoso/G1)
Candidata à reeleição pelo PT, a presidente Dilma Rousseff
afirmou neste domingo (31) que o programa de governo da candidata do
PSB à Presidência, Marina Silva, a deixa preocupada em relação à geração
de empregos no país.
"Eu quero dizer que eu li nesse fim de semana o programa da candidata
[Marina Silva] e vi propostas que me deram muita preocupação no que se
refere tanto à criação de empregos quanto à questão da indústria
nacional”, afirmou a presidente, que chamou os jornalistas ao Palácio da
Alvorada para falar sobre exclusivamente sobre o assunto.
Dilma criticou pontos no programa da candidata do PSB referentes às
indústrias naval e automobilística. A presidente ressaltou que em seu
governo 12 fabricantes de veículos ampliaram investimentos no Brasil,
como as alemãs Audi e BMW e a japonesa Nissan, e aumentou o número de
empregos nos dois setores.
"A política de conteúdo local tem como base produzir no Brasil o que
pode ser produzido no Brasil, mantendo preço, prazo e qualidade, e foi
muito bem sucedida tanto no caso da indústria naval, quanto na indústria
automobilística", afirmou.
Num capítulo dedicado à "Economia para o Desenvolvimento Sustentável", o programa de Marina, divulgado na sexta (29), diz ser "indispensável" revisar "em profundidade" atuais programas de incentivos e proteção para as indústrias de petróleo e automóveis, incluindo a política de conteúdo nacional, que obriga que boa parte dos insumos adquiridos sejam produzidos no Brasil.
Num capítulo dedicado à "Economia para o Desenvolvimento Sustentável", o programa de Marina, divulgado na sexta (29), diz ser "indispensável" revisar "em profundidade" atuais programas de incentivos e proteção para as indústrias de petróleo e automóveis, incluindo a política de conteúdo nacional, que obriga que boa parte dos insumos adquiridos sejam produzidos no Brasil.
"Nesses e em outros casos se avolumam reclamações de ambos os lados: os
possíveis beneficiários se queixam porque os requisitos de produção
local não seriam realmente respeitados, enquanto os agentes aos quais
cabe seguir os limites de produção nacional alegam a impossibilidade de
atendimento das exigências", diz trecho do programa.
O plano enfatiza que políticas de proteção e de conteúdo local "só são efetivas enquanto constituírem casos especiais, e não a regra da política industrial".
Na entrevista à imprensa, Dilma disse que, se reeleita, não irá desempregar trabalhadores no país. Em discursos de campanha, ela tem reiterado que em seu governo foram gerados aproximadamente 5 milhões de empregos e, somados o seu mandato e o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil criou nos últimos 12 anos 20 milhões de empregos formais.
O plano enfatiza que políticas de proteção e de conteúdo local "só são efetivas enquanto constituírem casos especiais, e não a regra da política industrial".
Na entrevista à imprensa, Dilma disse que, se reeleita, não irá desempregar trabalhadores no país. Em discursos de campanha, ela tem reiterado que em seu governo foram gerados aproximadamente 5 milhões de empregos e, somados o seu mandato e o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil criou nos últimos 12 anos 20 milhões de empregos formais.
"Eu fico muito preocupada e queria dizer que eu não fui eleita para
desempregar ou reduzir a importância da indústria, principalmente aquela
que pode ser uma indústria que tenha grande absorção de tecnologia e
inovação, e não serei reeleita para isso", disse a presidente.
"Minha proposta vai ser criar empregos e assegurar que os empregos
sejam cada vez mais qualificados, tanto na indústria automobilística e
na indústria naval, que é o que vem acontecendo", completou.
Dilma defendeu a instalação de laboratórios de pesquisa no país com o
objetivo de desenvolver pesquisas voltadas para os produtos nacionais.
Segundo a candidata, a indústria naval brasileira é a quarta maior do
mundo e passou de 2,5 mil empregados no início dos anos 2000 para 81 mil
neste ano, podendo chegar a 100 mil em 2015. Dilma destacou ainda a
abertura de fábricas de automóveis no país.
"Tanto num caso como no outro vimos a possibilidade de, em vez de criar
empregos lá fora, porque se importava de forma excessiva e não trazia
aqui as condições de inovação, mudar essa realidade, e nós mudamos a
realidade", acrescentou.
Ao encerrar a entrevista, Dilma disse que passaria o resto do dia com o
neto Gabriel, que viaja ainda nesta noite. Ao deixar o salão onde falou
com a imprensa, Dilma se despediu e dirigiu-se a outro ambiente do
Palácio da Alvorada, até que o neto correu em direção à imprensa e a
presidente foi atrás dele (veja no vídeo abaixo).
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