Tátyna Viana/Imirante Imperatriz
Falta estrutura nos pontos de ônibus da cidade de Imperatriz.
IMPERATRIZ
– A segunda maior cidade do Estado tem uma área total de 1.367,901 km²,
mas a área urbana compreende apenas 15, 4 km².
Segundo dados do
último levantamento da Secretaria de Infraestrutura, existem cerca de
100 bairros em Imperatriz. A frota de carros e motos circulando nas ruas
é cada vez maior. Passam dos 100 mil, de acordo com o dados do Detran.
Mas, ainda, há, também, aqueles que dependem do transporte público, para
se deslocar na cidade e aí começa uma série de reclamações.
Nem
todos os bairros estão na rota dos ônibus. Estudantes da Universidade
Federal do Maranhão (UFMA) tiveram que fazer manifestação para conseguir
uma linha específica para o novo campus da universidade, no bairro Bom
Jesus. O problema foi solucionado, mas o entrave agora é outro: eles não
têm um local adequado para esperar os ônibus.
Sair de casa para
ir à escola ou ao trabalho, dependendo da hora e das condições
climáticas, pode ser um desafio. Os passageiros acabam ficando reféns do
tempo de espera.
“Já
cheguei na escola quase todo molhado. Isso aconteceu várias vezes
porque além de não ter cobertura no ponto perto da minha casa eu ficava
horas e horas esperando o ônibus", contou Ricardo Martins, estudante do
ensino médio, que pega ônibus no bairro Santa Rita.
Nos bairros
mais afastados do Centro os moradores não dispõem de abrigos com o
mínimo de conforto para se proteger do sol ou da chuva. No Centro da
cidade flagramos vários pontos com apenas a placa que indica a parada,
sem cobertura.
O jeito é improvisar a sombra com o guarda-sol.
Faltam,
em muitos, o básico: sinalização do ponto de parada dos ônibus e
assento para os usuários esperarem o coletivo. As paradas são depredadas
com ação de vândalos e se desgastam com o tempo.
"Às vezes eu
perdia o ônibus porque ficava debaixo do alpendre de alguma loja, de
algum comércio, à procura de sombra e quando o ônibus passava o
motorista não me via", disse a moradora do Conjunto Vitória, Rose Sousa.
Pior
é situação dos cadeirantes. Faltam rampas de acesso nas calçadas e eles
se arriscam na subida ou expostos na rua. O agravante é que nem todos
os ônibus são adaptados para transportarem os deficientes.
No início deste ano, cerca de 30 abrigos que estavam expostos à ação do tempo no pátio da Setran
foram alvo de discussão na Câmara de Vereadores. Os parlamentares
questionaram o secretário sobre o abandono dos pontos e ele alegou que
os abrigos não atendiam às exigências do edital, de acordo com a
licitação.
A prefeitura licitou 50 novos pontos de ônibus, mas o
número está longe de atender a demanda da cidade, para dar mais conforto
aos usuários do transporte coletivo urbano.
O secretário de trânsito José de Ribamar foi procurado pela reportagem do portal Imirante Imperatriz
para falar se existem projetos para modernização e ampliação dos pontos
de ônibus na cidade, mas não respondeu aos questionamentos.
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