Deputado do DEM integra a base de apoio ao governo de Michel Temer.
Maia defendeu afastamento de Eduardo Cunha, de quem já foi aliado.
Rodrigo Maia recebe cumprimentos após o primeiro turno da eleição para presidente da Câmara (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino)
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), 46 anos, eleito nesta quarta-feira
(13) como novo presidente da Câmara dos Deputados, assumirá o lugar de
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que estava afastado do cargo e renunciou na
semana passada. Na disputa em segundo turno, ele derrotou Rogério Rosso
(PSD-DF).
O parlamentar, que integra a base aliada de Michel Temer, era um dos
favoritos à sucessão, contando com o apoio de deputados do PPS, PSDB,
PSB, além dos colegas de partido.
Em 2006, liderou a oposição no Congresso para apurar o escândalo do
mensalão e chegou a dizer no plenário que havia motivo para que o então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondesse por crime de
responsabilidade, o que poderia resultar em um impeachment. Ele também
integrou as CPIs dos Correios e a Mista da Petrobras.
Maia foi cotado para ser líder do governo Temer, que acabou escolhendo
André Moura (PSC-SE), apoiado por Eduardo Cunha e partidos do “Centrão”.
O deputado defendeu o afastamento de Cunha, de quem já foi aliado, após
as acusações de envolvimento no esquema de propina da Petrobras.
Maia é deputado federal pelo Rio de Janeiro há cinco legislaturas. Foi
eleito para o primeiro mandato em 1998. Tentou se eleger prefeito do Rio
em 2012, tendo Clarissa Garotinho (PR-RJ) como vice.
A chapa, estimulada por seu pai, o ex-prefeito Cesar Maia, e o
ex-governador Anthony Garotinho (PR), obteve somente 3% dos votos e
perdeu para Eduardo Paes, com 64% dos votos válidos.
Rodrigo Maia nasceu no Chile e se mudou para o Brasil aos 3 anos com a
família. Pai de quatro filhos, é casado com Patricia Vasconcelos,
enteada de Moreira Franco, secretário executivo do Programa de Parcerias
de Investimentos (PPI) da Presidência da República.
O casamento foi marcado por protesto e tumulto em 2005, quando
estudantes exibiram cartazes “não procriem” em protesto contra a
retirada de mendigos e camelôs da praça em frente à igreja pela Guarda
Municipal por causa da cerimônia. Na igreja estavam três então
presidenciáveis, o governador de Minas, Aécio Neves, o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São Paulo, José Serra.
Antes de entrar para a política, Rodrigo Maia trabalhou por sete anos nos bancos BMG e Icatu.
Em 2015, foi presidente e relator da proposta de reforma política. É
presidente da Comissão Especial da DRU (Desvinculação das Receitas da
União). Atualmente é membro efetivo das Comissões de Finanças e
Tributação.
Maia assumiu a presidência nacional do Democratas em 2007, partido que
ajudou a criar, após ter sido vice-líder do PFL entre 2003 e 2005 e
líder da bancada do partido na Câmara até 2007.
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