Paula Laboissière/Agência Brasil
Proposta consiste em oferecer planos de saúde com menos serviços ofertados.
BRASÍLIA
- O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu hoje (6) a criação de
uma espécie de plano de saúde mais popular, com custos menores, numa
tentativa de aliviar os gastos do governo com o financiamento do Sistema
Único de Saúde (SUS).
Durante audiência pública na Comissão de
Assuntos Sociais do Senado, Barros explicou que a proposta consiste em
oferecer planos de saúde com menos serviços ofertados do que o que foi
definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como cobertura
mínima obrigatória.
“O que estamos propondo como reflexão é que
possamos ter planos com acesso mais fácil à população e, evidentemente,
com cobertura proporcional a esse acesso. [Precisamos] ter outras faixas
de planos de saúde para que a gente possa permitir que mais pessoas
possam contribuir para o financiamento da saúde no Brasil”.
A
ideia, segundo o ministro, é que a adesão a esse tipo de plano seja
voluntária. “Quando uma pessoa tem um plano, ela está contribuindo para o
financiamento da saúde no Brasil”, disse. “Ela participa dos custos de
atendimento da saúde. Como os planos terão menor cobertura, parte dos
atendimentos continuará sendo feita pelo SUS”, completou.
Resolução ANS
Barros
destacou, entretanto, que será necessária a publicação de uma nova
resolução, pela ANS, que revise a atual cobertura mínima obrigatória
definida para a saúde suplementar. A pasta já entrou em contato com a
agência reguladora, mas ainda não houve uma reunião formal para tratar
do assunto.
“Essa é uma discussão incipiente. Estou aqui iniciando
esse debate. Será uma decisão a ser tomada pelo governo e pela ANS como
conjunto, mas que ajudará muito o Brasil a melhorar o financiamento da
saúde, a agilizar o atendimento para as pessoas e a construir aquela
universalização que está proposta na Constituição”, concluiu.
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