Whelan é acusado de fazer parte de um esquema de venda de ingressos.
STF concedeu a liminar para soltar o executivo na terça-feira (5).
O executivo inglês acusado de fazer parte de um esquema ilegal de venda
de ingressos durante a Copa do Mundo deve deixar o Complexo
Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira (6). O
Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu na terça-feira uma liminar para libertar Raymond Whelan. As informações são do Bom Dia Rio.
Raymond Whelan está preso desde o dia 14 de julho. O executivo da Match
Services, empresa licenciada pela Fifa para a venda de ingressos, é
apontado pela polícia como integrante de uma máfia de cambistas. Na
mesma investigação, o argelino Mohamed Lamine Fofana e outras nove
pessoas também foram denunciadas e permanecem presas.
Esta é segunda vez que o inglês consegue um habeas corpus. Na primeira
vez que foi detido, em 7 de julho, ele passou menos de doze horas na
prisão.
Depois de ter a prisão preventiva decretada, passou a ser considerado
foragido da Justiça ao deixar o Hotel Copacabana Palace, onde estava
hospedado. O executivo saiu por uma portaria destinada a funcionários.
No dia 14 de julho ele se apresentou ao Tribunal de Justiça do Rio e foi
levado para Bangu.
A ordem para soltar Raymond Whelan foi dada pelo Supremo Tribunal
Federal. O ministro Marco Aurélio Mello argumentou que o inglês não
deveria ser preso antes do julgamento. Ele escreveu que a regra é apurar
para, selada a culpa, prender.
O advogado de Raymond Whelan, Fernando Fernandes, disse em nota que o
habeas corpus prova que a prisão de Whelan é ilegal e portanto a saída
dele do hotel não pode ser considerada fuga. Fernandes afirmou ainda que
vai pedir o arquivamento das denúncias contra o executivo.
O Ministério Público o entendimento é que mesmo com o habeas corpus a
prisão do inglês foi legal e que nada impede o andamento das
investigações.
“As investigações continuam, independente da soltura do Whelan. Nós
iremos provar judicialmente todas as acusações que foram formuladas ca
competente ação penal”, afirmou o promotor Marcos Kac.
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